sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Resenha: Irmandade da Adaga Negra (Parte 1)

Você nunca mais ouvirá falar sobre Nova York sem não fazer associação com a Irmandade da Adaga Negra. Uma série que te prende e te faz viajar em um mundo totalmente diferente. Quem imaginaria uma sociedade Vampiresca secreta, com seus letais inimigos – inimigos esses recrutados dentre os piores membros da raça humana. Com uma deusa, a mãe da raça – Virgem Escriba – que dentre os seus “filhos” selecionou os melhores, os mais fortes e formaram a Irmandade da Agada Negra, guerreiros que defendem os vampiros civis dos Lessers. Os lessers são criados pelo deus Ômega, que os criou por sentir inveja da raça criada pela Virgem Escriba, em troca o humano dá ao Ômega a sua alma, recebendo em troca vida eterna, mas perdendo sua masculinidade, a pigmentação de sua pele e cabelos e ficando com cheiro de talco de bebe.

A saga é composta de 8 livros já lançados (4 no Brasil) a escritora J R Ward nos faz viajar pela estória dos bravos guerreiros da Irmandade, conhecemos em detalhes as emoções e os perigos que cada Irmão passa com – ou por – sua shellan.  

Aviso: Contém spoiler e trechos dos livros.


Em O Amante Sombrio – conhecemos a estória de Wrath e Beth. Wrath é o rei da raça, o vampiro com o sangue mais puro, por esse motivo Darius pede a ele que ajude sua filha mestiça, Beth, a passar pela mudança. O livro do Wrath merece ser a chave de ouro para a saga, o livro já começa com uma grande explosão que acaba com a morte de Darius, deixando para Wrath seu último desejo, obrigando assim, o rei a ajudar sua filha. Wrath a ajuda, mas acaba se apaixonando por ela.

(...)
“ – Porque não pode ser minha. Não importa o que tenha dito antes.”
(...)

Ele luta contra esse sentimento, para ele, Beth seria um empecilho, uma distração em seus planos de vingança contra os lessers que assassinaram sua família inteira antes que ele tenha passado pela mudança. Mas mesmo lutando contra esse sentimento, ele acaba vencido e se rende a ela no dia que ela passa pela mudança.

(...)
“ – Beth. – sussurra. – Volte para mim.

Deu-lhe mais sangue.

- Droga, não morra! – as velas flamejaram por todo o quarto. – Eu amo você, maldição! Droga não se entregue!”
(...)

A estória segue com a introdução do lesser de nome Senho X, ele é o líder dos lessers. Que ajuda a entender como e porque o ataque ao guerreiro Darius aconteceu. Na minha opinião, essas partes com os lessers são um pouco chatas, apesar de serem esclarecedoras. No mundo lesser o rei cego – Wrath – é apenas uma lenda, para eles, Wrath tinha morrido no ataque a sua família. O Senhor X descobre que Wrath vive e planeja matá-lo, mas seus planos mudam quando ele encontra Beth na manha seguinte ao enlace entre ela e Wrath. Fazendo de Beth a nova rainha da raça. Senhor X a seqüestra, Wrath a resgata e assume o trono.

(...)
“— Leelan — disse Wrath suavemente — está bem?

Ela assentiu, impressionada ao comprovar que ele podia perceber todos seus
sentimentos com assombrosa facilidade.

— Estou muito bem. — Sorriu-lhe — Sabe? Justo antes de te conhecer estava
procurando uma aventura.

— Sério?

— E encontrei muito mais que isso. Agora tenho um passado e um futuro. Toda...
uma vida. Algumas vezes não sei como administrar minha boa sorte. Simplesmente não sei o
que fazer com tudo isto.

— É estranho, eu sinto o mesmo. — Wrath lhe segurou o rosto entre as mãos e
pousou seus lábios sobre os dela. — Por isso te beijo com tanta freqüência, leelan.”
 (...)

Em O Amante Eterno – conhecemos a estória de Rhage e Mary. Rhage é o guerreiro mais bonito da Irmandade, apelidado por seus irmãos de Hollywood – comparando-o com um astro de cinema americano. Rhage é também o mais desafortunado dos irmãos, sendo o portador de uma terrível maldição. Uma besta mora em seu interior e uma vez que sai de seu corpo o transforma – literalmente – em um monstro.

Mary é humana, ela esta doente, mas isso não a impede de ser uma pessoa extremamente boa com o próximo. Ela é voluntaria em um grupo de prevenção a suicídios, como também trabalhou como professora de alunos autistas. Mary tem um imenso coração e aceita as pessoas como elas são, por isso ela é perfeita para Rhage e aceita sua besta. Ela se envolve – involuntariamente – no mundo de Rhage após um confronto entre ele e um grupo de lessers, Mary perde a bolsa, dando aos inimigos de Rhage todo o necessário para ir atrás dela.

(...)
“Mary. Aquele beijo.

Deus, sua boca tinha sido incrivelmente doce quando tremeu sob a sua, tão doce que tinha querido separar seus lábios com a língua e colocá-la dentro. Deslizando-a e retraindo-a e voltar outra vez a degustá-la. E depois fazer o mesmo com seu corpo, entre suas pernas.
Exceto que tinha tido que parar. O que fora aquele zumbido, foi como um aviso, o que era perigoso. A maldita reação não tinha sentido, pensou. Mary o acalmava, trazia-lhe tranqüilidade. Certo, ele a queria, e isso lhe enviava um aviso, mas não deveria ser suficiente para colocá-lo em perigo.”
“- Não tenho palavras, minha mulher. Nenhum som de minha boca é digno de seu ouvido.”
 (...)

A estória de Rhage foi a primeira da saga a me fazer chorar, ele e Mary enfrentam muitas coisas para ficarem juntos, Rhage é o irmão que mais se sacrifica por sua amada (na minha opinião).  Por ela, ele esta disposto a permanecer com sua maldição eternamente, se separar dela e aceitar que ela não se lembre mais dele, assim ela estaria curada e viveria por mais alguns longos anos.

 (...)
“– Me diga uma coisa o que fará se salvo a sua mulher e não te libero nunca da besta? Deixá-la viver significa que deverá permanecer com sua maldição até que vá ao Fade.

- Eu felizmente o manteria dentro de mim.

- Odeia-o.

- A amo.”
(...) 
“- Mas lhe peço... que me permita que eu me despeça. Um último adeus.
A Virgem Escriba negou com a cabeça.

A dor o rasgou, cortando-o de tal maneira que não surpreenderia verificar que seu corpo estivesse sangrando.
- Eu lhe peço…

- Isto é agora ou nunca.

Rhage se estremeceu. Fechou os olhos. Sentiu a morte chegar tão segura como se seu coração tivesse deixado de bombear.
- Então é agora. - Sussurrou ele.”
(...)

Essas são as partes do livro que me fizeram chorar.




 
Em Amante Desperto – Conhecemos a estória de Zsadist e Bella. Na minha humilde opinião, esse é o melhor livro de toda a série da Irmandade.

Zsadist é o guerreiro com o passado mais sofrido, ele foi seqüestrado ainda bebê de sua família, vendido por sua seqüestradora e usado como escravo de sexo por uma vampira aristocrata, que o deixou com cicatrizes profundas, cicatrizes vão além do físico. Até que seu irmão gêmeo, Phury, o resgata daquela terrível vida. Z volta anos após seu resgate, encontra outro vampiro em seu lugar, ele o resgata e mata a vampira, ficando com seu crânio como um lembrete (macabro em minha opinião) dos anos sofridos que viveu com aquele mulher.

Z – como é conhecido entre os irmãos – é considerado um vampiro sem alma e, assassino de prostitutas, ele gosta do sofrimento das suas vitimas. Até que ele conhece Bella, uma vampira da alta sociedade em seu mundo, mas que é rebelde não aceitando as regras impostas por essa sociedade.

Bella gosta de Z a primeira vista, mesmo ele tendo o rosto deformado por uma cicatriz, ela consegue ver além da aparência física e decide que terá Z para ela. Ela consegue mexer com ele, mas é seqüestrada por um lessers e Z move mundos para encontrá-la.

(...)
 “Por que Zsadist se preocupava com uma mulher civil, ninguém na Irmandade o podia entender. Conheciam-no por sua infernal... misoginia, temiam-lhe por isso. Por que Bella
lhe importava era o que todos se perguntavam. Entretanto, ninguém, nem Phury, como
seu gêmeo, podia predizer as reações do homem.”
(...)

Porque acho o livro Amante Desperto o mais lindo da série é simples, Z muda 100% por Bella, que acho que mesmo se ele não tivesse mudado Bella o teria aceitado, mesmo ele sendo analfabeto, mesmo ele sendo cruel, mesmo sendo considerado um homem sem alma. O amor falou muito mais alto nesse livro, chorei horrores e se leio novamente choro de novo. O livro também fala da relação entre os irmãos, conta como foi à busca de Phury por seu gêmeo, como Z deixa somente o irmão tocar nele (e acreditem não são toques afetuosos) e como fica a relação entre eles após envolvimento entre Z e Bella.

(...)
Então Z jogou uma olhada, e viu como as lágrimas se deslizavam pela bochecha do Phury.
- Ah... merda - resmungou Z.
- Sim. Mais ou menos. - Outra lágrima rodou do olho do Phury - Deus... maldição. Estão escapando.
- Bem, te anime.
Phury esfregou sua cara com a palma da mão.
- Por quê?
- Porque acredito que vou te abraçar.
As mãos do Phury caíram e o olhou com uma absurda expressão.
Lançando uma maldição, Z empurrou a seu gêmeo.
- Levanta a cabeça, condenado. - Phury estirou o pescoço. Z deslizou seu braço por debaixo. Os dois se congelaram na pouco natural posição.
 (...)
 “- Pensava que possivelmente pudesse ir ao Charleston e me apresentar ante sua porta para lhe devolver isso e possivelmente... possivelmente me deixaria entrar. Ou algo.
Estava preocupado de que outro homem te estivesse cortejando, assim tentei ir tão rápido como pude. Quero dizer, imaginava que possivelmente se pudesse ler, e se me preocupasse um pouco mais por mim mesmo, e se tentasse deixar de ser tão maldito menino de mamãe... - O sacudiu a cabeça - Mas não me interprete mal. Isto não quer dizer que esperasse que estivesse feliz de lombriga. Eu só... sabe, esperava... café. Chá. Uma oportunidade para falar. Ou alguma merda. Amigos, possivelmente. Exceto se tiver um homem, ele não o permitiria. Assim, se, isso é pelo que me estive dando pressa.”
 (...)
 “- Estava morto até que me encontrou, embora respirasse. Estava cego, embora pudesse ver. E então chegou você... e eu acordei.”
 (...)

Acho que com esse último trecho do livro, não preciso continuar a explicar porque o Amante Desperto é o meu favorito.



 Em Amante Revelado – conhecemos a estória de Butch e Marissa. Apesar de gostar MUITO do policial Butch, não gosto da Marissa.

A primeira aparição de Butch é em Amante Sombrio, ele é um policial considerado “sujo” por conta de seus métodos de interrogatório, ele é “amigo” de Beth e a ajuda quando ela cai por conta do inicio de sua transformação.  

Marissa é a prometida de Wrath, mas a considero uma mocinha, muito água com açúcar, apesar de mostrar em Amante Revelado um lado dela que ficou escondido em Amante Sombrio. Uma Marissa mais forte e corajosa é revelada nesse livro, o que me surpreendeu muito, mas não fez com que eu gostasse mais da personagem. O irmão de Marissa é médico, ele tenta descobrir uma outra fonte de alimentação para os vampiros que não têm uma fêmea da raça para se alimentar, mas falha, por várias vezes.

Quando a conheceu, Butch achou que Marissa fosse uma prostituta, o que foi bem engraçado, pensar em Marissa toda certinha se confundida com uma prostituta foi uma boa contradição ao seu jeito de ser.

(...) 
“Talvez fosse, simplesmente, uma atriz fantástica, ou a melhor prostituta que jamais se viu. Mas quando levantou os olhos para ele, soube que o tinha à sua mercê, e que o faria comer de sua mão se ela quisesse.” (Trecho de Amante Escuro)
 (...)

Levado pelo ciúme, Butch aceita passar pela mudança, em um ritual estranho e arriscado, onde ele poderia perder a vida, mas ele se arrisca mesmo assim, tudo para que ele mesmo pudesse alimentar Marissa.

(...)
 “Butch se esticou para alcançar Marissa, e ela foi para ele com esperança igual dos despossuídos: uma calidez resplandecente, uma promessa de um futuro digno de ser vivido e, uma bênção de amor.”
(...)

No livro de Butch ficamos sabendo um pouco da estória de sua família humana, a rejeição por parte do pai e dos irmãos, a mãe internada em um asilo e a verdade sobre o nascimento do poli

 Quero deixar claro que as opiniões expostas nessas resenhas são estritamente minhas. Ninguém é obrigado a concordar comigo =D 


Agora  as informações sobre o encontro do clube:
  • Vai ser dia 18/12
  • Começa ás 20:00 h até ás 21:00 h
  • Para participar do encontro do Clube tem que nos adicionar no MSN group869864@groupsim.com
  • Teremos surpresa e o anúncio do proximo livro a ser discutido no MSN. 

Esperamos todos vocês lá.


4 comentários:

  1. oi... viu sou o primeiro a comentar na sua resenha....rsrsrs.. vc sabe que eu nao sou muito fã desse tipo de livo..rsrss... mas gostei muito vc conseguiu me prender em toda a resenha... de todos os livros.. parabéns viu!!!! espero que agora vc tenha aprendido quando eu falo que vc tem talendo pra isso!!!! bjs!!

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  2. Gostei da resenha, boba =P

    IAN é mara! *-* Só faltou meu Rehv ;)

    =*

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  3. Então, eu vou comentar também.

    Concordo tanto com o Edu quanto com a Rê. Você tem muito talento, Mari. Seja para escrever fic, para escrever resenha ou traduzir.

    Amei!

    PS: E eu já disse que senti vontade de reler Amante Eterno, não disse?

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  4. Muito Boa a Resenha!! Parabéns!!

    E sou super suspeita pra falar...pois AMO nossos Brothers!! hehehehe

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