sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Resenha: Irmandade da Adaga Negra (Parte 1)

            Série: Irmandade da Adaga Negra.
            Autora: J. R. Ward.
            Editora: Universo dos Livros (no Brasil)
            Sinopse: Nas ruas de Cadwell em Nova Iorque se mantêm uma sangrenta luta entre duas turmas, duas raças: A Irmandade e seus caçadores e assassinos.
A Irmandade é composta por seis vampiros e guerreiros, que arriscam sua vida pelo amparo e sobrevivência de sua raça, perseguida e dizimada; o que a colocou em uma perigosa situação: a população de vampiros está diminuindo alarmantemente. Warth, Rhage, Zsadist, Phury, Vishous e Tohrment se submeteram a duros treinamentos para poder lutar e proteger a sua espécie. São vampiros, são guerreiros e cada um deles carrega uma maldição própria que os mantém isolados, sós... Tão só um deles, Tohrment, tem companheira, o resto vive só, sem nenhuma companhia; só têm à Irmandade que os une em sua luta pela sobrevivência de sua raça contra os assassinos de seu povo. Os Irmãos, embora não de sangue, sim e vínculo, são selecionados por suas habilidades, tanto físicas e mentais, como por suas habilidades curadoras. Agressivos, auto-suficientes, não se relacionam com outros membros, a não ser que precisem alimentar-se.


A sociedade de assassinos e caçadores de vampiros é composta de humanos que venderam sua alma, o que os despoja de vínculos de idade e com o tempo sua pele, cabelo e olhos empalidece visivelmente o que lhes outorga uns traços e aroma característicos da dita sociedade. Rhage é o melhor guerreiro do grupo; além disso, é o mais atraente, mas tem um lado escuro e violento. Zsadist foi torturado e escravizado; uma cicatriz lhe cruza o rosto, usa o cabelo praticamente raspado e vários piercings em seu corpo, e o resto da Irmandade teme que esteja próximo à perda de sua alma. Phury é seu gêmeo, usa uma prótese em uma perna, cabelo multicolorido e, por decisão própria, se mantém celibatário. Vishous é o especialista em tecnologia e usa cavanhaque, uma boina vermelha e uma luva que oculta sua mão esquerda... e, por último, está Tohrment.
 

Warth é o rei dos vampiros; é o único de toda a irmandade que é um vampiro “puro”, nascido de pai e mãe vampiros. É praticamente cego, o que o faz ocultar permanentemente seus olhos com uns óculos escuros. Como todos, veste-se de couro e é imponente, enorme; uma massa de músculos e tendões duramente treinados para a luta. É o líder da Irmandade e, além disso, o rei dos vampiros.

             
            Fascinante.
            Acho que essa é exatamente a palavra que define toda a Saga.
            Acho válido fazer um comentário geral antes de iniciar a resenha pormenorizada por livro.
            Bom, inicialmente, quero comentar o quão engraçado achei o fato de a Sociedade Lessening cheirar a talco de bebê. Digo, que vilão em sã consciência vai cheirar a talco de bebê, entende? Achei de muito bom gosto e bastante engraçado dar essa característica “frouxa” aos vilões, que, além disso, são impotentes (sorte para algumas vítimas).
            Outra coisa que gostaria de comentar é: como a autora conseguiu montar toda uma sociedade complexa ficcional? Sim, porque os vampiros são de uma raça diferente, com normas diferentes, todo um conjunto de crenças diferentes, com anatomia diferente. E a única resposta que consigo chegar é: o quão fantástica a J. R. Ward é por conseguir construir uma nova raça, contendo todas suas peculiaridades.
            Além disso, não posso deixar de comentar, claro, a forma fascinante como se apresentam os machos vinculados. Quero dizer, como homens de mais de dois metros de altura, metidos a machões sem coração – cada um com seus demônios – são capazes de amar com tanta devoção. Fica bem claro com a morte de uma das shellans, aliás, a força que existe na vinculação. Faz você sentir pena, ou melhor, você sente a dor que o personagem está sentindo. Bem, talvez não seja o sentimento, mas sim o quão espetacularmente é desenvolvido a narrativa.
            Mas vamos aos livros separadamente:
            1. Amante Sombrio:

            Bem, esse é o livro que nos insere no mundo obscuro da Irmandade da Adaga Negra. Talvez seja por isso que me pareça tão especial...ou talvez seja, mesmo, porque esse é o livro do nosso Rei Wrath. Wrath é o vampiro de sangue mais puro de toda a Raça, o macho destinado a reinar entre os seus, mas esse não é o futuro que quer para si.
            Wrath não simpatiza muito com humanos e mestiços, mas vê toda sua defesa se desfazer ao conhecer a bela mestiça prétrans Beth. A pedido de Darius – após alguma relutância – Wrath, em honra a seu querido amigo, resolve ajudar Beth em sua transformação. O rei só não esperava encontrar algo muito mais forte. Não espera se vincular a ela.
            A relação entre os dois é imensamente bonita, sensual e trás uma carga de lealdade incrível. Beth mostra a Wrath muito mais do que o amor, mostra a ele também o que é ter uma companheira, alguém com quem contar em todos os momentos, auxiliando-o no reinado e diminuindo suas inseguranças.
            Não só a relação, como o final (que, obviamente, eu não vou contar) são incríveis e eletrizantes.
            2. Amante Eterno:

            Já inicio avisando que sou muitíssimo suspeita com relação a esse livro. Principalmente a considerar que Rhage e Mary (sim, minha chará) são tanto meu livro preferido, quanto meu casal preferido.
            Rhage tinha tudo para ser só mais um rostinho bonito. Sem exageros. O próprio Butch comenta que Hollywood (como é carinhosamente chamado) deixa Brad Pitt no chinelo. Mary é uma mulher normal, de beleza simples e que já sofreu muito na vida.
            Sim, a estória tinha tudo para se tornar o clichê do cara lindo que se apaixona pela garota normal, correto? Errado.
            Rhage demonstra ser muito mais do que o cafajeste que pensávamos. Mostra, aliás, que não gostava de dormir com tantas mulheres para acalmar sua besta. Rhage demonstra ser um macho de muito valor, que gostaria de conhecer a mulher de sua vida, de quem seria somente dela. Isso acontece quando conhece Mary, por quem se apaixona antes mesmo por sua linda e doce voz. A única capaz de acalmar sua besta.
            Em pouco tempo, nosso guerreiro percebe que está vinculado e que, como todo macho vinculado, não seria capaz de viver sem sua fêmea. O problema é: Mary está morrendo e, para não perdê-la, Rhage terá de sacrificar tudo que sempre quis, toda sua vida, em virtude da saúde dessa mulher.
            Amante Eterno é emocionante e apaixonante. Mostra muito mais do que o exterior das pessoas, mas que todos nós guardamos segredos e demônios letais dentro de nós mesmos.
            3. Amante Desperto:

            Confesso que não esperava me impressionar tanto quanto me impressionei com esse livro. Não só pela estória em si, mas também pelo personagem. Z foi um escravo de sangue e é conhecido por seu sadismo. Mesmo depois que conhece Bella, Zsadist tenta de todas as formas mostrar a ela que não é bom o suficiente. Z se sente sujo, não merecedor da moça. Bella, no entanto, mostra a Zsadist que seu passado não importa e que o amor pode superar tudo isso.
            Zsadist é o mais temido dentre os Irmãos. E, embora acusado por muitos de nem mesmo ter uma alma, demonstra ser um dos mais sensíveis e doces hellrens de toda a série. Devo confessar que Z me assustou por muito tempo, mas o livro dele contou de forma tão incrível a vida deste guerreiro, que chegamos a sentir a dor dele.
            Zsadist teve uma vida muito difícil, o que explica e muito o fato de ele se tornar o que se tornou. Ele ficou endurecido por dentro, morto por dentro. E só o amor da insistente vampira Bella o despertou. Bella soube mostrar a ele o que é ser amado e cuidado. Mostrou-lhe que ele podia sim ser feliz e que seu passado não deveria interferir em seu futuro.
            4. Amante Revelado:

            Bom, o que posso dizer do Butch? Adoro o Poli!
            Acho que esse é facilmente um dos livros mais engraçados. O Butch é uma comédia à parte e nesse livro presenciamos a importância do Butch para a Irmandade crescer alguns níveis. Bem, não vou contar exatamente o que acontece, claro, mas posso dizer que é muito legal.
            Um ponto bem interessante que quero comentar é o crescimento que acompanhamos da protagonista, Marissa, que, por vezes, chega a ser meio apagadinha, mas que cresce muito no decorrer do livro. Acredito até que a cena em que ela queima seus antigos vestidos é um momento crucial para sua transformação.
            Butch enfrenta a insegurança e seus instintos vampiros de proteção e possessividade. Além disso, sofre com a dúvida, passa pelo que chamo de “Crise do Pré-vampiro”, discutindo se é realmente importante para os guerreiros. Por vezes, se sente impotente, até.

            Viciados, essa foi minha resenha da primeira parte da série Irmandade da Adaga Negra. Espero que todos tenham gostado. Gostaram? Não? Discordam? Então, comentem e me digam o que acharam, Ok?
            Beijinhos. =*
            OBS: A data e endereço do Chat estará na resenha da Mari, tudo bem?
            Até a próxima!


           

2 comentários:

  1. Nossa amiga... essa sua resenha me fez querer ler os livros. Vou dar uma procurada por aqui. Muito interessante mesmo.
    Beijos.

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  2. O que posso dizer?

    Acho que não imaginavamos como seria dificil escrever resenhas, mas é =P

    Como ja falei no msn AMEI sua resenha, acho que estamos no caminho certo, sócia.

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