quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Resenha: Perfect Chemistry

Série: Perfect Chemistry
Livro: Perfect Chemistry (Química Perfeita)
Autora: Simone Elkeles
Editora: Underworld (Lançamento previsto para fevereiro de 2011)
Sinopse: Os garotos do instituto Fairfiel, do subúrbio de Chicago, sabem que South Side e North Side não se misturam. Assim, quando a líder de torcida Brittany Ellis e o marginal Alex Fuentes são obrigados a trabalhar juntos como parceiros de laboratório na aula de química, os resultados prometem ser explosivos. Mas nenhum deles estava pronto para a reação química mais surpreendente de todas: O amor.

Poderão romper os preconceitos e estereótipos que os separam?


            Outro dia, passeando pelo Blog da Editora Underworld (responsável pelo lançamento da série Perfect Chemistry aqui no Brasil) encontrei uma espécie de “equação matemática”:
            Bom, antes de começar quero dizer que fico imensamente feliz que uma editora brasileira tenha tido a atitude de trazer essa série ao Brasil, pois são livros realmente muito bons. Simone Elkeles não é muito conhecida no Brasil, o que é lamentável, considerando que é uma autora incrível, talentosíssima e muito carinhosa com seus leitores.
            A Simone tem a incrível habilidade de pegar contextos que tem tudo para dar errado e serem mais uma estorinha adolescente clichê, transformando-os em verdadeiras lições de vida ao adicionar elementos determinantes para tal, como: sensibilidade, problemas sociais, conscientização, perdão e, claro, amor.
            Os mocinhos da Simone não são certinhos, mas não são errados. Eles são normais, apenas, com defeitos e qualidades, eles são capazes de te fazer suspirar o livro inteiro. Digo isso não só com base em Perfect Chemistry e Rules of Attraction, mas também a série Leaving Paradise.
            As mocinhas, em geral, não são deusas da beleza e se são, a autora consegue demonstrar o lado humano da personagem, com defeitos, qualidades, inseguranças, alegrias, tristezas, erros e acertos. Brittany é assim. Exteriormente perfeita: linda, líder de torcida, popular, invejada por todas, boa filha, irmã, inteligente e namora o capitão da equipe de futebol. O que ninguém sabe é que Brittany Ellis também tem pontos fracos: ela é insegura, vive sob pressão, cuida da irmã doente e nem sempre é feliz com o que tem.
            Alejandro Fuentes é um chicano (Descendentes de mexicano nascido nos Estados Unidos) membro de uma gangue. É temido por toda escola por ser perigoso. O típico Bad Boy, irritante, arrogante e intimidador. Aliás, acho que irritante e arrogante são características típicas dos irmãos Fuentes, mas isso é assunto para outro post.
            Bem, como todo Bad Boy, essa sua característica perigosa o torna ainda mais irresistível. Alex é o cara capaz de te fazer viver ao extremo, sem medo de nada e sem pensar no futuro. Todos o veem como o integrante de uma gangue, perigoso e encrenqueiro. O que ninguém sabe? Alex cuida dos que ama, apenas entrou na gangue para proteger sua família, é doce (mas não falem isso para ele, pois adora se fingir de durão) e, no fundo, gostaria de ter um futuro, ir à universidade e poder proporcionar uma vida melhor à sua mãe e irmãos.
            O tema tratado no livro: Máscaras. Como assim “Máscaras”, Mary? Ué, nós vamos presenciar no início do livro o quanto os dois fingem ser pessoas que não são, seja para impressionar alguém por um motivo emocional, ou por motivo de sobrevivência. Ambos adotam um personagem a interpretar na frente de todos. Talvez seja por isso que foi tão chocante a associação deles na turma de química: um mostrava seu eu verdadeiro ao outro.
            Entre eles não havia máscaras. Brittany podia ser ela mesma, sem ter que dar uma de “loira burra”. Alex podia ser o cara fantástico que entende de carros e te faz rir. Com ela, ele não tinha de ser o cara mau. Os dois descobrem que um pode ajudar o outro a mudar seus destinos. Ela não precisa fazer tudo o que sua mãe quer que ela faça. Ela não precisa ser perfeita. Ela não é perfeita. Ele pode deixar de ser um membro de gangue. Ele pode se graduar, pode ser feliz com quem quiser, não precisa recorrer a meios ilícitos para tanto.
            Esse livro é escrito com narrativa alternada de primeira pessoa, o que quer dizer que são diferentes pontos de vista, alternando-se entre os protagonistas: Brittany e Alex. Cada capítulo sob determinada visão.
            O livro é sensível e engraçado. Transmite bem as diferenças sociais e, embora ficção, retrata muito bem as pressões sofridas por muitos adolescentes. Brittany, por exemplo, é a filha mais nova. Sua irmã mais velha, Shelley tem retraso mental e por isso é pressionada pelos pais – principalmente pela mãe – a ser boa em tudo.
            Brittany bate de frente com os pais ao lhes dizer que está namorando Alex e que ele a faz feliz. Ela consegue impor sua vontade, dizer o que está sentindo e não permitir-se ser controlada.
            Em uma cena no mínimo emocionante, Alex diz a Brittany que o único motivo de ter se aproximado dela foi por conta da aposta que fez com um dos seus companheiros de gangue, se comprometendo a conquistá-la:
            – Dormi contigo por uma aposta, Brittany. – Assegura em voz baixa, mas sua voz era clara como água. – Não significou nada para mim. Você não significa nada.”
            Posso dizer que essa cena é incrível e triste! Você sente vontade de bater no Alex, mas, devido aos acontecimentos, você pode entender que tudo o que ele está fazendo é em uma tentativa de protegê-la. No fim, tudo que Alex faz é pelos que ele ama. Alex ama incondicionalmente, inconsequentemente e, mesmo que resulte em um vício da língua portuguesa, fielmente.
            Alex é extremamente devotado aos que ama.
            Um trecho que tenho de lhes mostrar é:
            “– Tem que saber algo. Aceitei a aposta, pois sabia que, no fundo, se me envolvesse emocionalmente estaria acabado. E esteve a ponto de ocorrer. Você é a única garota que me faz querer largar tudo por um futuro que vale a pena. – Endireitando-se e dando um passo atrás. Sinto muito. Brittany, me diz o que quer, que te darei. E se me disser que é mais feliz sem mim, só tem que me dizer. Mas se ainda me ama, farei tudo que estiver em minhas mãos para que isto... – Diz assinalando a roupa que veste. – Como posso demonstrar que mudei?”
            Acho que a mensagem principal que o livro me passou foi que você não deve se prender a máscaras, não deve tentar ser quem não é, não deve julgar as pessoas por nível social ou qual “selo invisível” que ela possui. Nós devemos ser nós mesmos, construir os nossos próprios caminhos, ainda que todos digam que não temos esse poder, temos sim. Eu posso dizer que tenho sorte por não ser tão cobrada, mas sei que muitos jovens são e, ainda assim, essa estória me esclareceu bastante. Acho que seria uma ótima leitura para todos que precisam de uma orientação e que gostam, assim como eu, de livros que passam uma mensagem positiva. Não só uma mensagem positiva, Perfect Chemistry é também uma verdadeira lição de vida.
            Simone Elkeles é assim: consegue te dar uma verdadeira lição por meio de estórias simples e muito bem escritas.








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5 comentários:

  1. Olhinhos brilhando para essa resenha =D

    Amei, ja falei isso, mas não doi dizer de novo =D

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  2. Amei a resenha! Realmente não conhecia a escritora, mas enfim, fiquei com uma super vintade de ler!
    Bjs

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  3. Mary, vc sabe que eu adorei a sua resenha! Super fofa e verdadeira. Vou retomar minha leitura desse livro dps dessa.

    Bjbj*

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  4. Comecei a ler esse livro, mas ainda não terminei. Sério, tenho que terminar logo pq o Alex me deixa louca!
    AHUSHAUHSUAHSUHAUSHAUHSUA

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  5. OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOWN pena que prometi pra minha mãe que vou ficar sem comprar livros por um tempo! X(

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